É preciso respeitar o mercado
No inteligente e lúcido texto que escreveu para apresentar à imprensa seu recém-lançado terceiro DVD, Pré Pós Tudo Bossa Band – O Show, Zélia Duncan explicou que não via necessidade de editar o correspondente CD da gravação ao vivo.
“Pra que jogar nesse pseudo-mercado mais um produto? Só porque está gravado? Não me parece, no momento, motivo suficiente. (...) Conceitualmente, não faria sentido pra mim e nem seria garantia de nada”, justificou a cantora. Zélia está heroicamente correta.
Não faz sentido para ninguém a edição de um CD redundante que pouco - ou mesmo nada - vá acrescentar à discografia do artista. E há excesso de CDs redundantes e sem sentido no mercado brasileiro.
Artistas estão lançando discos com regravações de músicas registradas por eles mesmo há dois ou três anos. Qual a demanda de um disco do gênero no mercado? Pouca ou nenhuma. É preciso respeitar as leis de oferta e procura que regem qualquer mercado – e não deve ser diferente no mercado do disco.
Quando mais sentido tiver o lançamento de um disco, mais força ele terá para sair das prateleiras. É preciso respeitar o mercado fonográfico sobretudo no que diz respeito aos registros de shows. Um DVD se justifica pela imagem.
Um CD ao vivo, dependendo do caso, por nada se justifica. E nem é garantia de sucesso comercial. O argumento de Zélia Duncan faz todo o sentido. Blog do jornalista: http://blogdomauroferreira.blogspot.com
Matéira extraída do site Music New em 28 de maio de 2007.
http://www.musicnews.art.br/
Alvaro Augusto - Produtor Cultural e Advogado.
Matéria postada em 29 de maio de 2007.
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