Saturday, August 30, 2008

Web 2.0 e as Corporações

Com o advento da Web 2.0 e a internet como plataforma do consumidor de obter informação e possibilidade de manifestar sua opinião sobre produtos e notícias, surgiram os fórum, listas de discussões, blogs, fotologs, redes sociais (MyFaceBook, MySapce, hi5, Twitter, Orkut, Tublr etc..) comunidades e sites de forma participativas.

Alias o conceito de Web 2.0 é repleto de polêmicas, tanto que no meio dos “entendidos” é preferível falar em mídias sociais e colaboração do que no temido nome, que pode gerar reações de imprevisíveis conseqüências por parte do público leitor e ouvinte.

Eu particularmente prefiro a Web 2.0, pois ele foi, ou melhor, ele é um conceito necessário, para que as pessoas que lidam com a internet de alguma forma (todas as pessoas e de todas as profissões praticamente) saibam separar o joio do trigo.
De qualquer maneira, em resumo a Web 2.0 nada mais é do que as redes ou comunidade sociais, que colaboram opinando participativamente nas discussões das notícias, dos produtos, que afetam nosso dia/dia.

Nesse sentido, surgiu um conceito mundial que está sendo muito discutidos por sociólogos e estudiosos no assunto de inteligência digital, que poderá implicar em novo modelo de sociedade econômica do século 21, isto é, estaríamos saindo de uma sociedade tecnológica, para uma sociedade do conhecimento e da informação, onde essas sociedades econômicas estariam
baseada em (3)“C” – “Comunidade”, “Colaboração” e “Conteúdo”

Esse novo paradigma de sociedade trará um impacto muito grande no relacionamento das corporações e das empresas com o público consumidor, como também, com os empregados e com a mídia, mais especificamente com seus telespectadores, pois, a sociedade a partir de agora quer participar, opinar e entreter, de uma forma ou de outra. Queira ou não queira, todas as opiniões positivas ou negativas, passaram daqui para frente pela chamada “blogosfera” (opiniões nas redes sociais, comunidades etc).
A propósito quem anteviu esse acontecimento foi “Chris Anderson, 44 anos escreveu o livro The Long Tail ( A Cauda Longa) (Editora Campus/Elsevier), no qual defende o crescimento dos mercados de nicho. É formado em Física, trabalhou nas revistas Science, Nature e The Economist. Hoje é editor-chefe da revista americana Wired.

Nessa nova ordem de relacionamento surgem os termos “Economia da Reputação” e “Capitalismo Solidário” cuja a missão das corporações e das empresas é tornar seus funcionários em colaboradores online para ajudar melhor você adquirir seu produto com transparência radical, porque se assim não fizer, as pessoas vão falar mal e com certeza tal notícia negativa cairá na blogosfera.
Ja existem também nos EUA e Europa, empresas que se tornam sócios de seus projetos ao invés de emprestarem dinheiro como ocorre atualmente com instituições financeiras. É o caso de uma empresa de médio porte situada na Espanha chamada EuroCan – CajaNavarras, que buscam investir em projetos interessante tornando-se sócios em seus negócios .
Para entender melhor o que estamos falando, vamos aos exemplos positivos:

Bancos 2.0 – Surgiu algum tempo atrás nos EUA e Europa são eles: O Prospper Bank, Issab Bank ou Zoppa Bank. O Zoppa Bank tem o seguinte lema:
“É humano, é fácil, e você começa apenas com 10 dolares”.

O visitante entra no site do Zoppa Bank e de imediato já visualiza alguns bonequinhos (avatares) simpáticos que representam comunidades. São várias comunidades: dos advogados, dos engenheiros, dos arquitetos, dos professores etc.

Essas comunidades caso queira emprestam dinheiro a juros mais baixo do que os praticados pelos Bancos ou tornam-se sócios em seus projetos. E o mais interessante que há links ao lado das comunidades que informam os juros de todos os bancos naquele dia, permitindo saber exatamente o “quanto de “juros” vai pagar e qual a “vantagem” que você terá em termos de ajuda financeira daquela comunidade.
Arquitetos emprestando para arquitetos, advogados emprestando para advogados, professores emprestando para professores, enfim humanizou-se o sistema Bancário que é secular e se estabelece o chamado “Capitalismo Solidário”.

Aliás esse Zoppa Bank é Inglês e esse procedimento dito como “humanizado”, já está aprovado pelo Banco Central Inglês.

Outro exemplo positivo:

Uma empresa aérea dos EUA chamada Jet Blues apresentou atrasos em um dos seus aviões em NY, causando logo em seguida, atraso de 1.500 vôos nos aeroportos.
Tal atraso foi manchete em todos os jornais trazendo repercussão negativa para Cia, o que acarretou queda nas ações da Cia de Aviação na Bolsa NY. Sabendo disso imediatamente o CEO da Cia gravou um pequeno vídeo em seu celular explicando o ocorrido, pedindo mil desculpas aos passageiros e se colocou a disposição para maiores esclarecimentos e divulgou no YouTube e em toda internet. As pessoas compreenderam melhor a situação e ações da Cia voltaram imediatamente a subir em 15%.
Ou seja, é o CEO 2.0 é a economia da reputação e a transparência radical.
Nessa mesma linha estratégica o portal do E-bay nos EUA tem o seguinte:
"Ensinar 150 milhoes de pessoas que podem acreditar em funcionário da E-bay
Outro caso positivo:

Zappo Shoes, uma loja de sapatos femininos, talves a maior sensação das mulheres no momento nos EUA. Você entra no site deles para comprar sapato feminino obviamente e, se não houver no site da Zappo, um consultor da loja online vai ajudar você a encontrar o sapato perto do seu bairro. E o que acontece..?? de fato as pessoas acabam comprando em outra loja, porém, da próxima vez, o consultor avisa que esse mesmo sapato estará disponível na loja e assim 97% de retorno para Zappo, sobre as pessoas que foram indicados para ir para outras lojas.

Ou seja, é a colaboração dos funcionários, é a terapia empresarial e acreditar que mesmo ajudando o consumidor a comprar em outra loja, os mesmo retornaram assim que possível.
Nas Corporações a Web 2.0 permite que os colaboradores interno da empresa manifestem suas opiniões sobre o que está certo e o que está errado na empresa onde trabalha, permitindo contato maior e direto com pessoas influentes da diretoria e CEO da própria empresa, através de comunidades criadas em redes sociais como Orkut ou Twitter com participação ativa de todos os envolvidos na empresa corporativa, dando sugestões, fazendo reclamações e elogios.
Exemplos negativos:

A Sony colocou um spy (espiãozinho) em 300 mil blogs, caiu na blogosfera e está se dando muito mal.

A NetTV quando faz uma busca de pesquisa no Google, a pagina 1 e 2 traz post informando serviços mal prestados alem de vídeos no YouTube fazendo piada da propaganda dos nets.
Assim para terminarmos a economia da reputação é baseada na transparência radical e tem como a seguinte proposta: dividir segredos com supplier, admitir falhas, blogar sobre seus concorrentes, abrir seus códigos fontes e, sobretudo preparar seu funcionários ponto com, a colaborar de forma transparente. Esse será o novo desafio das empresas e corporações nos próximos anos.
E por fim, acredito que isso seja apenas o começo de uma nova sociedade, pois, especula-se em Web 3.0 que trata de uma semântica que seria a capacidade de sistemas diferenciarem os sentidos das palavras, um nível a mais na indexação de informação além da palavra simples.
Está associado ao uso de computadores em nuvem, podendo qualquer um gerar um aplicativo na web e pagar centavos de acordo com o seu uso, o que torna acessível criar tecnologias para qualquer um..bom mas isso é assunto para outra matéria...não é mesmo....
Referências:
Gil Giardelli – Estudioso em Inteligência Digital.
Diogo Monteiro – Co- criador da Via6 e autor do blog People Based.
Alvaro Augusto Macedo.

Matéria postada em 30 de agosto/08.

1 Comments:

Blogger Alexandre Barreto said...

São informações novas. É importante ler elas, mas sempre atento para ter um posicionamento crítico.

7:44 PM

 

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