Tuesday, March 25, 2008

Adriana Calcanhoto lança novo CD - "Maré"


No fluente texto intitulado Som É Onda, escrito por Adriana Calcanhotto para explicar o conceito de seu novo CD, Maré, nas lojas em abril, a artista - vista na foto acima no expressivo close feito por Isabel Diegues para a capa do álbum - apresenta seu oitavo trabalho como a segunda parte de uma trilogia iniciada com o disco Maritmo (1998). "E, como segundo, este tem como mote o mar de volta, o mar "mais uma vez", maré. E talvez por ter ficado entre o primeiro e o terceiro é que ele tenha ficado tão entre a mulher e o peixe, entre a palavra e o emaranhamento quântico, entre a linguagem e o indizível. Ou entre Ferreira Gullar e Cazuza, entre Augusto de Campos e Dorival Caymmi, entre (Antonio) Cicero e Waly (Salomão)", contextualiza Calcanhotto, relacionando poetas e compositores presentes na ficha técnica como autores das 11 músicas do CD - produzido por Arto Lindsay.
No texto, a artista explica que já flertava há tempos com músicas como Mulher sem Razão (1986) e Onde Andarás (1967) e conta que o embrião de Maré é a turnê que fez no exterior em 2007 com os amigos e parceiros Moreno Veloso, Kassin e Domenico Lancellotti. Por sugestão do grupo, a turnê se chamou +Ela, numa referência aos discos assinados pelo trio como Moreno + 2, Kassin + 2 e Domenico + 2. Tal encontro-show não foi badalado no Brasil.
Com a trupe de músicos amigos, que inclui o baixista Dé Palmeira, Calcanhotto conta no texto que combinou tocar com alegria e prazer, esquecendo a produção - delegada a Arto Lindsay. "A gente tocou o que quis, interferindo conforme cada feeling, e eu foquei basicamente na escolha de pessoas, não de timbres ou instrumentação. Com exceção de Sem Saída (arranjada por Aldo Brizzi), as faixas foram sendo construídas à medida que íamos tocando. Diferente do que chamamos de "arranjo coletivo", no sentido do planejamento do que vai acontecer (e no jorro de idéias), trabalhei muito com o silêncio. Nunca disse como imaginava que as faixas deveriam ser e, no máximo, entre opções a escolher, fiquei com a mais bonita. Ou mais maluca. Arto entendeu tudo desde o início e contribuiu para a fluidez sendo um ouvidor atento e estimulador", relata Calcanhotto no texto.
Matéria extráida do Blog do Mauro Ferreira
Alvaro Augusto - Produtor de Eventos e Advogado.
Matéria postada em 25 de março/08

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