Sites apostam em download gratuito de música
Modelo sustentado por publicidade é uma das alternativas para proteger copyrights, desde que consiga atrair os grandes selos e seus contratados
Primeiro foi o SpiralFrog, que no final de 2007 lançou sem alarde o primeiro site no qual os usuários podem baixar, gratuitamente, um acervo de um milhão de músicas, trazendo como novidade o modelo sustentado por publicidade. O site (para acessá-lo é preciso se registrar em http://www.spiralfrog.com/membership/membership.aspx?control=signin) atraiu mais de um milhão de visitas únicas apenas neste mês e conta com anunciantes como Samsung e Perry Ellis.
Na semana passada foi a vez de o Last.fm - um site de streaming comprado pela CBS em maio de 2007, por US$ 280 milhões -, anunciar sua transformação em serviço gratuito de música on-demand para sua base global de 20 milhões de visitantes únicos mensais de 240 países (a versão brasileira está em http://www.lastfm.com.br/). Sem suporte publicitário, o serviço remunera os artistas e selos de acordo com o número de vezes em que a música é executada (modelo similar ao custo-por-click), mas já está negociando apoio da Toyota e outros anunciantes.
Já a Rebel Digital, subsidiária da holding americana de tecnologia Brilliant Technologies Corp., anunciou na segunda-feira, 28, durante a 42ª conferência da Midem em Cannes (27 a 31 de janeiro), o lançamento do "maior catálogo autorizado de música já reunido" - o site Qtrax (http://www.qtrax.com/), que oferece cerca de 30 milhões de canções protegidas por copyright e que está sendo apoiado por anunciantes como Boost Mobile, Kia Motors, Ford Sync e H&M. Por trás da Rebel Digital estão dois veteranos da mídia e da publicidade: Lance Ford (ex-publisher da revista Maxim) e Robin Kent (ex-ceo da Universal McCann), ambos ex-executivos da SpiralFrog, que visam atingir um target jovem de 13 a 34 anos.
O novo serviço de música online chegou a divulgar que o lançamento é apoiado pelos selos Warner Music, Universal Music, EMI e Sony BMG, que participaram da primeira fase de testes do Qtrax. Horas depois, entretanto, a notícia foi desmentida pelas três primeiras gravadoras. Elas alegam que o contrato inicial com a Qtrax já expirou e que a sua renovação ainda depende do resultado das atuais negociações.
George Hayes, vice-presidente de marketing e vendas do SpiralFrog, disse à Advertising Age que o site já excedeu as metas internas de tráfego e explica porque aposta no modelo legalizado: "Os downloads ilegais representam 1,6 bilhão de músicas por mês. Há um mercado potencial aí, você só precisa de um pedaço dele para criar um impacto."
Matéria extráida do site Meio & Mensagem
Alvaro Augusto - Produtor de Eventos & Advogado
Matéria postada em 17 de março/08
0 Comments:
Post a Comment
<< Home